terça-feira, 7 de junho de 2011

Fim da Banda LCD Soundsystem: Quero coar Café diz James Murphy

Murphy e Goldsworth que haviam descoberto o ingrediente certo: a ideia era lançar versões longas feitas para pista de rock, agregada a saudosismo. Essa mistura deu origem à identidade sonora do LDS Soundsystem que iremos sentir falta.

Em entrevista, Stephen Colbert queria saber porque James Murphy, o cara mais legal da cena Indie, resolveu desmanchar uma das bandas mais influentes da atualidade, o LCD Soundsystem. E James diz “Quero Coar Café”. 
Murphy, já citou que por causa da banda, teve de abrir mão de trabalhar com Árcade Fire, de colaborar com SpoonDevo e John Cale entre outros. Tem a sua gravadora, a influente DFA Records, coadjuvante do sucesso da banda. E mais do que ninguém compreende que sua readaptação da Disco Music com o Punk em Nova York, no início dos anos 80, está prestes a estagnar-se.

A trajetória de James Murphy é inseparável de sua obra e o levou a ser, numa década em que a releitura virou praxe, o mais brilhante dos nostálgicos. Produziu alguns discos e conheceu o InglêsTim Goldsworthy, produtor e dono da gravadora, ativo na cena trip rock, do início dos anos 90.

A dupla formou então a DFA (Dead Fron Above) Records, e mergulhou na produção de bandas locais que se inclinavam na direção da pista. O primeiro sucesso foi com o grupo Rapture e o single House of Jeaulous Lovers, um encontro de grito com a batida disciplinada quase metronômica, de heróis dos pós punk nova yorkino, como o ESGLiquid Liquid.

O Disco da LCD Soundsystem ficou conhecido por: No lado A“I’m Loosing my Edge”, no lado B “Beat Connection”, uma faixa disco extensa, em que os focais são encontrados após o quarto minuto. O single virou sucesso internacional e com a fórmula pronta, Murphy não errou na mão uma única vez: suas mais conhecidas músicas (Daft Punk Is Playng at My House, All of My Friends) se tornaram hinos de uma geração.

A banda já deixa saudades. Depois do seu último show no dia 02 de abril no Madison SquareLCD Soundsystem tocou para amigos e família por aproximadamente três horas, músicas que nunca passaram pelo repertório, e como o vocalista disse no site, antes mesmo desse dia acontecer “Vai ser um estrondo”, e sim, foi. Os fãs foram trajados de branco e preto, como a banda pediu, e puderam apreciar de abertura a favorita de Murphy e Goldsworth a Liquid Liquid. Como disseram que seria, tiveram o melhor funeral que podiam ter.


Referência: Roberto Nascimento (Jornal O Estado de São Paulo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário