terça-feira, 7 de junho de 2011

Superação

        Era jovem, aos 16 anos tive minha primeira relação sexual. Namoradinhos vieram assim como algumas relações, não sei dizer se a doença eu peguei de algum companheiro. Naquela época o uso de preservativo não era muito divulgado, pois o HIV não estava tão disseminado quanto está nos dias atuais.

        Assim como uma adolescente minha mãe não sabia que eu tinha relação sexual, qualquer problema que tivesse teria que resolver sem que ela soubesse.

        Foi então que o pior aconteceu, ao tomar banho senti uma forte dor na região genitália, era uma ardência onde mal podia tocar e muito menos lavar com sabonete. Delicadamente passei a mão, percebi que tinha alguma coisa errada. Liguei para meu médico, imediatamente passei por uma consulta e consecutivamente uma série de exames. Ao ser examinada não houve um diagnóstico preciso, após o resultado dos exames também não foi possível obter nenhum resultado. Mas o problema estava instalado e eu tinha que dar um jeito.

        A ansiedade em querer saber o que teria que fazer para conseguir tomar banho e não sentir dor.

       Lógico que junto à bateria de exames foi pedido exame de HIV, nem preciso mencionar meu estado de estresse. Na data do resultado do exame liguei para meu médico, passei o código do exame, incumbi a ele olhar o resultado de HIV.

        No dia do retorno ao médico, estava sem chão, nervosa, estressada. Fiquei aliviada ao saber que estava livre do HIV. Quanto à infecção, fiquei sem diagnóstico, algumas possibilidades foram levantadas como cancro duro, devido ao aspecto da bolha. Fui medicada, mas sabia que teria que me cuidar daquele dia em diante.

        Foi o que aconteceu, até hoje preciso me cuidar. Percebo que todas as vezes que minha resistência está baixa aparece uma bolha na genitália ou na região anal. Aprendi a contornar a infecção com remédios naturais. Quando noto algo imediatamente trato para que não fique pior e como a primeira vez. Hoje eu sei que tenho herpes genital, não tenho relação sexual quando a infecção esta instalada e uso preservativo em todas as relações sexuais, mesmo sendo com o namorado.

        Minha superação veio junto com muita consciência, eu me preservo sempre. Todos os anos faço exames, inclusive de HIV e sei que estou livre de qualquer infecção mais grave.

Nota: a leitora prefere não se identificar. Mas deixa seu recado a todas as mulheres. “Usem preservativo e façam seus exames regularmente.”

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