Por volta dos meus 16 anos (hoje tenho 28),conheci um rapaz que o estilo dele era muito diferente do meu. Várias amigas eram apaixonadas por ele e eu achava ridículo. Acho que por ser tão cricri e dizer que não sabia o que as meninas viam nele que ele resolveu pegar no meu pé. Todos os dias ia onde eu trabalhava e insistia para sairmos.
Até que um dia, tive uma idéia para ele sair do meu pé, foi então que falei que detestava o estilo dele e se ele mudasse ficaria com ele. Não é que o dito cujo apareceu na balada transformado? Ai quem suspirou foi eu, ele ficou realmente um gato. E então acabamos ficando junto naquela noite. Mas acho que ele queria ficar comigo bem de pirraça mesmo, por que sai para ir ao banheiro e quando volte o bonitão estava beijando outra, fiquei p. da vida e com a certeza tinha pago um pastelão.
Passaram-se uns dois meses e eu o encontrei em um baile de carnaval, e o cara de pau veio pedir p/ ficar comigo. Pensei: “agora é a hora de dar o troco”. Combinamos que no dia seguinte íamos nos encontrar no mesmo local. Querendo ser a “espertalhona” liguei para um outro cara que já tinha saído algumas vezes e marquei com ele no mesmo local e hora, achando que o outro ia me ver e ia ficar mordido.
O que eu não sabia é que eles eram amigos, e acabaram conversando e descobriram antes o meu plano e decidiram ir juntos ao encontro. Quando cheguei ao local, quase morri de tanta vergonha, os dois estavam me esperando juntos, me chamaram e perguntaram com quem eu ia ficar, ou se minha intenção era enrolar os dois. Até que fui rápida na resposta e na vingança, disse que queria ficar com o cara que já tinha saído algumas vezes e não com o babaca que sai uma única vez e no mesmo dia ele beijou outra. O cara ficou morto de vergonha.
Mas o coração é bem sacana, mesmo depois do que ele fez comigo fiquei mal por ter feito isso com ele, e o cara que eu estava saindo percebeu e disse que não queria servir de troco para o amigo dele. Acabei pedindo desculpa a ele, e começamos a namorar. Ficamos juntos uns dois anos, mas não deu certo, pois eu não confiava nele e ele não confiava em mim, sempre estávamos esperando o “troco” um do outro.
Bia - São Paulo/SP
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