sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Aquele Tal de Rock n' Roll


Rock n’ roll não é Chuck Berry, Bill Halley, Jery Lee, Elvis Presley. Rock n’ roll não é jaqueta de couro, não é discurso agudo de Dylan.

Rock n’ roll não é o chiado do vinil, cabelo comprido ou boca de Mike Jagger. Não é Stones, todos, ou toda a insatisfação. Não é Lennon, Paul, George ou Ringo. Rock n’ roll não é Beatles e seu legado, não é o universo da arquibancada, nem o desmaio da menina.

Rock N’ Roll não é o festival Woodstock de 500 mil celebrando a paz e o amor. Rock N’ Roll não é a guitarra inflamada de Hendrix. Não é Roberto Carlos, não é Jovem guarda.

Rock n’ Roll não é Os Mutantes, quebrando a pasmaceira do redundante. Não é jeans velho e desbotado. Não é o cabelo vermelho de Ziggy, nem todos os personagens de Bowie.

Rock n’ Roll não é uma mosca na sopa, ou uma metamorfose ambulante. Não é os três acordes dos Ramones, a estética trash dos Pistols. Rock n’ Roll não é gótico cure, o messianismo de Bono ou a sensibilidade de Michael Stipe.

Rock n’ Roll não é Legião Urbana e não é Ira! Nem é a fúria do Titãs, nem somente a virulência de Axl Rose, não é Cazuza em agonia na capa da revista, e nem o cuspe do Kurt Cobain na TV, o revival, nem é o mercado, e nunca foi a tendência. 

Rock n’ Roll não se ensina ou se vende. Não se experimenta.

Rock n’ Roll é a experiência, é a vontade de sentir mais, é o que faz andar e o que faz sorrir.

Rock n’ Roll é o espírito da coisa, o comportamento que não se comporta, a atitude que não se ata. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário