A CONSTRUÇÃO DO SUCESSO

Segundo Thomas Stanley, escritor do livro “The Many Journeys of Successful American Business women” (As muitas jornadas da mulher de negócios de sucesso nos Estados Unidos). O autor diz que o livro é mais do que um manual de como acumular riquezas, ele descreve um modo de vida e de trabalho que aumenta a eficiência da economia e gera riqueza para os próprios beneficiados e para quem os rodeiam. As mulheres analisadas por Stanley mostram que a riqueza se constrói como resultado de um estilo de vida feito de trabalho, perseverança, planejamento edisciplina. Essas são características comuns a elas. Em comparação com os homens, elas são mais parcimoniosas nos gastos, fazem listas de produtos antes de ir ao supermercado, compram em grandes quantidades para aproveitar descontos e vivem em casas confortáveis, mas não luxuosas, entre outras coisas.

O perfil de mulheres com mais de 1 milhão de dólares de patrimônio contradiz em parte a própria imagem de consumismo das sociedades pós-industriais.

Stanley descreve uma realidade americana, mas o próprio autor reconhece que muitas das características delineadas na pesquisa extrapolam as fronteiras dos Estados Unidos. A brasileira Cristina Arcangeli se encaixa de diversas formas no perfil descrito no livro, ela abandonou o consultório de dentista para arriscar-se no negócio próprio, sem nenhum estudo de mercado criou a Phytoervas, um fabricante de cosméticos com apelo natural. A empresa começou em 1986 e em 1998 Cristina vendeu para o laboratório Bristol-Myers Squibb por quantia estimada pelo mercado em 50 milhões de dólares.

Cristina venceu um terreno dominado amplamente pelos empresários do homens. Cerca de 91% dos comandantes dos 500 maiores grupos empresariais no Brasil são homens. Os números mostram que 46% dos executivos confessam o desejo de algum dia chegar à presidência da empresa, já as executivas, essa taxa de ambição cai para 14%.

A insatisfação das mulheres com o rumo que suas carreiras tomam acaba algumas vezes na Justiça. Entre os casos de repercussão internacional, está de Stephanie Villalba, ex executiva do escritório londrino da corretora e banco de investimento Merrill Lynch, ela reivindica nos tribunais indenização de 13 milhões de dólares por suposta discriminação sexual que lhe teria obstaculizado o caminho rumo a cargos mais altos na companhia.

Referência: Por Carlos Rydlewski (Veja OnLine)